terça-feira, 11 de maio de 2010

Resquícios

Ainda de fim de semana. É impressão minha ou o Pedro Abrunhosa cada vez está melhor? Quem escreve assim, não (me) desilude.

Vesti a luz do teu nome
E chamei-te pela noite

Entraste no meu sono
Como o luar entra na fonte

Trazes histórias e proezas
Dizes que tens tanto para me dar

Deixas sombras incertezas
E partes sem nunca me levar

E de repente, um mar sozinho
Ninguém na margem
Ninguém no caminho
Tão frio...

E o teu beijo mata-me a distância
Ninguém tão perto pode o que o beijo alcança
E o meu corpo chora quando o teu vai embora

Porque o teu mundo é tão longe
Tão longe
Pode o céu ser tão longe
Tão longe
Se a tua voz vibra em mim

Há um deserto que fica
Sou um capitão sem barco

E quando vens pela bruma
Acendem-se as estrelas no quarto

E dizes: trago a luz das sereias
Trago o canto da tempestade

E como o vento na areia
Deitas-te em mim feita metade

E de repente um mar sozinho
Ninguém na margem
Ninguém no caminho
De tão frio...

E o teu beijo mata-me a distância
Ninguém tão perto pode o que o beijo alcança
E o meu corpo chora quando o teu vai embora...

Porque o teu mundo é tão longe
Tão longe
Pode o céu ser tão longe
Tão longe
Se a tua voz vive em mim

Pode o céu ser tão longe - Pedro Abrunhosa

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