quinta-feira, 25 de março de 2010

Ainda a propósito do Sol...

" Naquela manhã, Londres estava baça e suja, da cor da fuligem. Havia mortais por todo o lado, caminhando por todo o lado, caminhando na mesma direcção, silenciosos e inexpressivos, como se fossem maré gordurosa. Apolo caminhou de encontro a eles, batendo em ombros e pastas daqueles que se recusavam a sair do caminho. Se eles soubessem quem ele era, pensou Apolo, que o responsável pelo Sol que brilhava por cima das suas cabeças era ele e mais ninguém, será que se preocupariam com ele? Tinha sérias dúvidas. Uma das coisas que nunca mudaram nos mortais é que sempre acreditaram que tinham o dom da vida eterna. Apolo até gostava da atitude. Era tão arrogante, tão optimista. Exactamente como ele, num dia melhor". (Página 114 do já citado livro)

Post Scriptum: Estou "deliciada" com esta história.

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